Estou “confortável” com modelo atual do marco fiscal, diz Haddad
Haddad defende a eficácia do marco fiscal e destaca ajustes necessários nas contas públicas. O ministro reafirma a meta de superávit para 2025, considerando a arquitetura fiscal robusta e adaptável.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou estar “confortável” com o modelo atual de regras do marco fiscal, que define limite de gastos acima da inflação.
No evento do Valor Econômico, ele destacou que, apesar de ajustes na meta de resultado primário e no parâmetro de gastos serem possíveis, a arquitetura do marco “funciona”.
A meta de resultado primário para 2024 é de 0% do PIB, havendo um deficit de R$ 11 bilhões. Para 2025, a previsão é de um superavit de R$ 15 bilhões.
Haddad enfatizou a necessidade de reparos na máquina para evitar que despesas fiquem descontroladas, e que a estrutura do marco foi bem avaliada por especialistas e organizações como o Banco Mundial e o FMI.
O marco fiscal, sancionado em agosto de 2023, substitui o antigo teto de gastos, permitindo que os gastos cresçam entre 0,6% e 2,5% acima da inflação, com um sistema mais flexível que destina até 70% do superavit para investimentos.
Além disso, as novas regras tentam assegurar que as despesas discricionárias sejam pelo menos 75% do que está no Orçamento.