Estrangeiros aportam R$ 13 bi e guiam ânimo da Bolsa brasileira: tendência seguirá?
Fluxos de capital estrangeiro impulsionam o Ibovespa, que se aproxima das máximas de 133 mil pontos. Analistas acreditam que a tendência pode continuar com a rotação global em direção a mercados emergentes e a expectativa para as eleições de 2026.
Ibovespa atinge máximas desde outubro, se aproximando dos 133 mil pontos, impulsionado pelo fluxo estrangeiro.
Até 17 de março, estrangeiros investiram R$ 4,5 bilhões no mercado secundário da B3. O saldo acumulado de 2025 já é de R$ 13,2 bilhões, gerando uma alta de 10% no índice.
O cenário global tem favorecido a entrada de capitais no Brasil, segundo a equipe da XP, liderada por Fernando Ferreira. A rotação global para fora dos EUA beneficia mercados emergentes.
Em fevereiro, apesar de entradas líquidas de R$ 1,9 bilhões no mercado à vista, houve saídas no mercado futuro (R$ 9 bilhões). Em março, os fluxos se mantêm positivos.
Estratégistas da XP relataram um otimismo crescente entre investidores estrangeiros em relação ao Brasil, destacando fatores como preços atrativos e potencial para 2026. Contudo, muitos preferem esperar por volatilidade antes de aumentar sua exposição.
As ações que podem se beneficiar do aumento de fluxos são:
- Mercado Livre (BDR: MELI34)
- Nubank (BDR: ROXO34)
- Petrobras (PETR3/PETR4)
- Itaú (ITUB4)
- Embraer (EMBR3)
O JPMorgan também indica que mercados emergentes, incluindo o Brasil, podem se beneficiar da realocação global de ativos. No entanto, dados locais mostram saídas significativas, com R$ 8 bilhões em ações em fevereiro.
A alocação em emergentes nos portfólios globais ainda é baixa, e os ETFs estão registrando entradas consistentes. A XP destaca que, se houvesse uma reversão nas alocações de ações, isso poderia resultar em R$ 45 bilhões em entradas.
Recentemente, o JPMorgan elevou a recomendação para ações brasileiras, apontando fatores como o fim do ciclo de alta de juros e o impulso da China. No entanto, questões fiscais permanecem preocupações.
Os estrategistas optam por uma alocação defensiva, preferindo ações relacionadas a títulos no Brasil em vez de exportadores.