Estrangeiros injetam R$ 26,5 bi em ações brasileiras no 1º semestre, maior fluxo desde 2022
Investidores estrangeiros apostam em ações brasileiras, impulsionando a B3 com um aporte de R$ 26,5 bilhões no primeiro semestre. No entanto, a venda de ativos por parte de investidores locais e a incerteza global ainda trazem desafios para o mercado.
Investimentos Estrangeiros na B3
No primeiro semestre de 2023, investidores estrangeiros injetaram R$ 26,5 bilhões no segmento secundário da B3, um recorde desde 2022.
Em comparação, no mesmo período do ano passado, o fluxo foi negativo, mas em 2023 ficou positivo em R$ 23 bilhões.
No entanto, o panorama não é otimista para investidores brasileiros:
- Instituições locais venderam R$ 30 bilhões mais do que compraram.
- Pessoas físicas compraram R$ 6,4 bilhões a mais do que venderam, resultando em um fluxo modesto.
Os investidores estrangeiros estão buscando alternativas fora do mercado americano, que teve uma saída de US$ 12,3 trilhões em abril. O capital alocado no Brasil corresponde a apenas 0,3% do total global.
A participação de ações brasileiras foi impulsionada por fundos quantitativos, que utilizam modelos matemáticos e estatísticos para decisões de investimento.
Esses fundos focam em curto prazo e podem rapidamente retirar recursos - o que ocorreu em abril, quando o fluxo de investimentos ficou negativo novamente.
A performance do ETF EWZ, que acompanha o MSCI Brazil, teve valorização de 27,9% este ano, superando o MSCI Emerging Markets, que subiu 14,3%.
Esse contexto reflete a complexidade do cenário atual e a maneira como os investidores estrangeiros reagem a ruídos fiscais e incertezas.