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Estrangeiros voltam a sair da B3 após bom 1T: o que explica e por que podem voltar?

Investimentos estrangeiros em ações brasileiras apresentam crescimento no primeiro trimestre de 2025, apesar de sinais de aversão ao risco. A expectativa é de que o Brasil se destaque em um cenário global desafiador, mas a instabilidade pode afetar futuros fluxos de capital.

O Brasil atrai capital estrangeiro no 1T25, com entradas líquidas de R$ 11,0 bilhões em ações e R$ 500 milhões em futuros. Em março, estrangeiros compraram R$ 3,5 bilhões em mercado à vista e R$ 6,8 bilhões em futuros, segundo relatório da XP.

Entretanto, abril apresenta fluxos negativos até agora, com retiradas de R$ 8,67 bilhões, a maior desde abril de 2024. A aversão ao risco global é uma preocupação, especialmente após tarifas impostas pelo governo Trump e temores de recessão nos EUA. Fernando Ferreira, da XP, alertou que uma guerra comercial prolongada pode impactar negativamente os investimentos no Brasil.

O JPMorgan acredita que a rotação para mercados emergentes ainda não é viável, citando a China como fator chave na guerra comercial. Porém, destaca que o Brasil possui vantagens, como:

  • Produção agrícola diversificada;
  • Menor custo de importações de manufaturados;
  • Conectividade econômica inferior com o PIB;
  • Possível interrupção do ciclo de alta de juros pelo Banco Central;
  • Eleição importante em outubro de 2026.

O Bradesco BBI também vê potencial na região, ressaltando que a Argentina e o México estão bem posicionados. O Brasil pode enfrentar um esfriamento econômico, mas com eventos eleitorais se aproximando.

Após o impacto das tarifas em abril, o Citi acredita que o Brasil está em uma posição vantajosa, adicionando empresas como Marcopolo e Embraer à sua carteira.

Enquanto os fluxos de capitais estrangeiros são negativos, os investidores domésticos apresentam uma tendência positiva em abril, com entradas líquidas de R$ 5,6 bilhões no mercado à vista.

A indústria de fundos viu resgates líquidos de R$ 5,2 bilhões, com fundos de ações sofrendo perdas significativas, enquanto fundos de renda fixa registraram entradas.

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