Estratégia do Irã de 'nem guerra, nem paz' implode após conflito com Israel
Irã enfrenta dilemas críticos após erro de cálculo em relação ao apetite de risco de Israel, desencadeando uma nova fase de conflito regional. A vulnerabilidade do regime aumenta à medida que as forças israelenses se mostram superiores em tecnologia e estratégia militar.
O Irã respondeu rapidamente ao assassinato do comandante Qassim Suleimani em janeiro de 2020, executando um ataque de mísseis contra bases americanas no Iraque. Teerã alertou os EUA sobre ausência de mortes, evitando um confronto direto.
A estratégia do aiatolá Ali Khamenei, de "nem guerra, nem paz", agora se revela insustentável, com o Irã em posição debilitada após o ataque do Hamas em outubro de 2023, que o forçou a confrontar um conflito aberto. Analistas alertam que a capacidade de Khamenei de manter autonomia e controle está diminuindo.
Israel lançou uma ofensiva massiva contra o Irã, eliminando líderes militares e destruindo lançadores de mísseis, enquanto Teerã ainda busca retaliar. A disparidade militar entre Israel e Irã é clara, com Israel contando com tecnologia avançada e apoio dos EUA.
Khamenei negou envolvimento no ataque do Hamas, apesar de a ação ter sido vista por Israel como parte de um plano iraniano. A avaliação equivocada do apetite de risco israelense resultou em uma postura defensiva do Irã. A rede de aliados armados, desenvolvida desde a guerra Irã-Iraque, não teve um teste direto desde os anos 80.
Inteligência e superioridade aérea israelense se destacaram em recentes confrontos, interrompendo os esforços do Irã e do Hezbollah. Enquanto isso, o Hezbollah permanece inativo durante os bombardeios israelenses ao Irã, e a capacidade de Teerã de retaliar está sendo exarada.
A crise atual expõe um eixo de resistência enfraquecido, que Suleimani convenceu através de investimentos em disputas regionais. A falta de foco em defesa aérea é uma fraqueza crítica que agora pode ameaçar a sobrevivência do regime iraniano.