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Estreito de Ormuz: como o Irã pode fechar a passagem marítima mesmo sendo em águas internacionais?

A tensão no Estreito de Ormuz levanta preocupações sobre o impacto econômico global e a possibilidade de resposta militar. Com a navegação na rota vital do petróleo ameaçada, líderes internacionais buscam formas de garantir a segurança marítima na região.

Ameaça do Irã ao Estreito de Ormuz preocupa líderes globais. A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, classificou a possibilidade de fechamento como "extremamente perigosa".

Fechar o estuário significa interromper o trânsito em uma rota vital para a economia global, onde transita cerca de um quinto do petróleo consumido no planeta.

A parte do estreito em jurisdição do Irã é considerada águas internacionais segundo a ONU. No entanto, a geografia e o poder militar iraniano favorecem suas ações.

Como o Irã poderia fechar o estreito? O país tem aumentado seu arsenal militar e pode usar:

  • Minas navais lançadas por submarinos, navios ou helicópteros.
  • Baterias de mísseis antinavio posicionadas ao longo da costa.
  • Lancha rápidas e drones kamikazes da Guarda Revolucionária.

O Estreito de Ormuz, conecta o Golfo Pérsico ao mar de Omã, e transita aproximadamente 17 milhões de barris de petróleo diariamente.

Mesmo sem um bloqueio, o Irã já parou a circulação naval seletivamente. Em 2019, apreendeu petroleiros britânicos em represália a ações contra suas embarcações.

A psicologia do mercado global é uma poderosa arma do Irã; a simples ameaça de fechamento do estreito provoca pânico nas bolsas de petróleo.

A comunidade internacional está atenta, com patrulhas navais dos EUA e Reino Unido garantindo a liberdade de navegação. Uma tentativa real de bloqueio pelo Irã pode desencadear uma resposta militar direta.

Fechar o Estreito de Ormuz representa um alto risco, mas o uso dessa ameaça como carta política é uma tática de longa data do Irã. A declaração de Kaja Kallas reflete o temor de uma crise envolvendo não só o Oriente Médio, mas a economia mundial.

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