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Estreito de Ormuz: via marítima tem importância global; entenda

O fechamento do Estreito de Ormuz pode acarretar altas significativas nos preços do petróleo a nível global, devido à sua crucial importância para o transporte de energia. A crescente tensão entre Irã e Israel alimenta a preocupação com a estabilidade da região e suas consequências nos mercados internacionais.

Parlamento do Irã aprova fechamento do Estreito de Ormuz em resposta a ataques americanos a instalações nucleares.

O Estreito de Ormuz é uma das principais vias energéticas do mundo, com apenas 34 km em seu ponto mais estreito, conectando o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã e ao Mar Arábico.

Diariamente, 21 milhões de barris de petróleo e derivados transitam pelo estreito, representando 30% do consumo mundial. Além disso, um terço do gás natural liquefeito (GNL) global também passa por ali.

Cinco membros da Opep - Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque - exportam sua produção pela área. O Qatar, principal exportador de GNL, também utiliza essa rota.

O fechamento do estreito pode causar uma disparada nos preços do petróleo. Com o aumento da tensão entre Israel e Irã, navios têm sido orientados a ter cautela na região.

Segundo a Administração de Informação de Energia dos EUA, o estreito é considerado “o ponto de estrangulamento de petróleo mais importante do mundo”, devido à falta de rotas alternativas para transporte, tornando o fluxo vulnerável.

Além disso, o estreito tem sido fonte de disputas há décadas, justificando a presença militar dos EUA na região, incluindo forças da Quinta Frota no Bahrein.

A relação entre Teerã e Washington se deteriorou em 2018, com a retirada dos EUA do acordo nuclear, levando à retomada das sanções. Isso impacta globalmente, dada a importância do dólar e do sistema financeiro americano.

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