Etanol, pesquisa agrícola e combate ao terrorismo: o que está nos acordos entre Brasil e Índia
Brasil e Índia firmam acordos em diversas áreas, destacando um compromisso com a inovação agrícola e a segurança. Líderes dos dois países demonstram otimismo em triplicar o comércio bilateral, atualmente estimado em US$ 12 bilhões.
Rio de Janeiro - O encontro do Brics promoveu a aproximação comercial entre Brasil e Índia. O premiê Narendra Modi foi recebido em Brasília e assinou quatro acordos com o Brasil.
- Parceria em energia renovável
- Combate ao terrorismo e crime organizado
- Troca de informações confidenciais
- Pesquisa agrícola: cooperação entre Embrapa e o Conselho Indiano de Pesquisa Agrícola
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o acordo de pesquisa agrícola estimulará inovações na produção de alimentos. Ele mencionou a contribuição da Índia para a pecuária brasileira.
Brasil e Índia também devem avançar em parcerias de biocombustíveis. A Índia planeja aumentar a mistura de etanol e biodiesel, o que representa uma oportunidade para o Brasil, grande produtor.
Na área de segurança, foi anunciada a abertura de uma nova representação da Polícia Federal em Nova Déli.
Parcerias se estendem a medicamentos e aviação. A Índia é um fornecedor crítico de insumos farmacêuticos e a Bion brasileira firmou acordo com a indiana Wockhardt para a produção de insulina. A Embraer anunciou um escritório na Índia, visando o mercado de aeronaves.
No setor comercial, o comércio bilateral foi de US$ 12 bilhões em 2024, com crescimento de 24% nos primeiros cinco meses de 2025. As exportações brasileiras somaram US$ 5,26 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 6,8 bilhões.
Durante o encontro, Lula expressou a possibilidade de triplicar o volume de trocas, enquanto Modi falou sobre atingir US$ 20 bilhões, sem prazo definido. Jorge Vianna, da ApexBrasil, destacou a amizade e a falta de conflitos entre os dois países como um espaço favorável para crescimento econômico.