EUA acusam Brasil de excesso de protecionismo desde março
Trump acusa Brasil de protecionismo e defende tarifas, enquanto relatório americano aponta que país é deficitário no comércio bilateral. Especialistas analisam impacto da política tarifária e suas implicações nas relações entre os dois países.
Presidente Donald Trump (Partido Republicano) enviou carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) argumentando que tarifas dos EUA são necessárias para corrigir déficits comerciais que seriam uma ameaça à economia e segurança nacional dos EUA.
No entanto, o Brasil é deficitário no comércio bilateral, vendendo menos do que compra dos EUA há mais de uma década.
A carta de Trump reflete uma crítica antiga dos EUA ao protecionismo brasileiro sobre produtos americanos. O USTR (United States Trade Representative) emitirá um estudo detalhado sobre o Brasil, que foi mencionado na carta.
O USTR, em seu relatório de março de 2025, considerou as barreiras comerciais brasileiras elevadas. O Brasil aparece em página de destaque em comparação com outros países, apresentando uma média de tarifas de 11,2% em 2023.
- O Poder360 pesquisou tarifas sobre 9 produtos, mostrando que a cobrança brasileira é geralmente maior.
- Os EUA isentam tarifas de muitos itens como smartphones e perfumes.
O relatório também menciona licenciamento não automático de importações no Brasil, com falta de transparência nas exigências, afetando setores como calçados, vestuário e automóveis.
O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega comentou que o protecionismo deve ter um tempo limitado. Ele afirma que Trump está utilizando tarifas de forma inédita e política, o que pode dificultar negociações com o Brasil.
Maílson ressalta que as ações de Trump podem beneficiar Lula politicamente, aumentando sua popularidade. Ele aconselha Lula a agir com calma e serenidade na situação.