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EUA admitem que não sabem o destino do urânio enriquecido do Irã

Estados Unidos se preparam para negociar com o Irã sobre o destino do urânio enriquecido pós-ataques. O vice-presidente Vance destaca que os ataques limitaram o avanço do programa nuclear iraniano, mas não eliminaram completamente a ameaça.

Após ataques a instalações nucleares do Irã, os Estados Unidos estão incertos sobre o destino do urânio altamente enriquecido. O presidente Donald Trump havia declarado que o programa nuclear iraniano estava totalmente obliterado.

Em entrevista à ABC, o vice-presidente JD Vance mencionou que o governo planeja dialogar com o Irã nas próximas semanas para identificar o paradeiro do urânio. Vance acredita que os ataques foram suficientes para impedir o enriquecimento a níveis que permitiriam o desenvolvimento de bombas nucleares.

O estoque iraniano de 400 kg de urânio enriquecido a 60% é um ponto central no conflito com Israel. Apesar de elevado, esse nível não é suficiente para gerar uma bomba nuclear. Israel teme que o Irã possa refinar o urânio a 90%, possibilitando a criação de até dez armas atômicas.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) relatou que o combustível foi visto uma semana antes dos ataques, mas destacou que o Irã já estava tomando medidas para mover e proteger o material.

Os EUA utilizaram bombas perfurantes de 14 toneladas para atingir as instalações subterrâneas do Irã, armamento exclusivo para aeronaves B-2. A avaliação inicial do secretário de Defesa Pete Hegseth e do chefe do Estado-Maior Dan Caine indica que os ataques causaram grandes danos, mas não a destruição total das usinas, o que é corroborado pelo exército israelense.

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