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EUA barram Chevron na Venezuela – e petroleiras brasileiras podem ganhar com isso

A suspensão das operações da Chevron na Venezuela abre oportunidades para o Brasil se consolidar como fornecedor de petróleo pesado para os EUA. O Bradesco BBI destaca que a proximidade geográfica e a menor incidência de tarifas tornam o país um candidato atrativo.

Decisão dos EUA pode beneficiar o Brasil no mercado de petróleo.

O governo dos EUA ordenou a interrupção das operações da Chemron (CVX) na Venezuela, criando espaço para produtores brasileiros de petróleo pesado, segundo relatório do Bradesco BBI.

A Chevron precisa substituir o óleo venezuelano de sua refinaria em Pascagoula, o que pode estimular a busca por alternativas na América Latina, Oriente Médio e México, com o Brasil em destaque.

Desde 2023, as exportações de petróleo venezuelano para os EUA aumentaram, alcançando cerca de 230 mil barris/dia. A suspensão das operações força a Chevron a reorganizar sua cadeia de suprimentos.

O Brasil se beneficia de fatores logísticos que facilitam a competitividade do petróleo brasileiro:

  • Menor distância reduz custos de transporte.
  • Menor risco de tarifas em comparação ao petróleo mexicano.

Se o Brasil absorver um terço da demanda da Chevron, 77 mil barris/dia poderiam ser adquiridos de produtores nacionais de petróleo pesado. Empresas como PRIO (PRIO3), Equinor (EQNR) e Brava Energia (BRAV3) estão entre os beneficiados.

Os campos Papa-Terra, Atlanta e Peregrino possuem características que atendem ao perfil da Chevron. Os tipos de petróleo pesado enfrentam descontos em relação ao Brent, mas um aumento na demanda pode melhorar as margens para os produtores brasileiros.

De acordo com o Bradesco BBI, uma redução de US$ 1 por barril no desconto pode impactar positivamente as ações da Brava e PRIO em R$ 1 e R$ 2, respectivamente.

A decisão da Chevron dependerá de fatores adicionais, como tarifas de importação, disponibilidade de oferta e condições comerciais.

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