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EUA, Brasil e o século da guerra invisível

A dinâmica da guerra moderna se desenrola em um espaço invisível, onde a manipulação de informações e narrativas se torna crucial. O Brasil e os EUA enfrentam um desafio crescente para reconhecer e responder a essa nova realidade da luta pelo poder.

Guerras modernas não se limitam a batalhas físicas; elas ocorrem em sistemas de informação e estruturas de crença.

Vassilyi Zayarskiy aponta que a operação militar mais eficaz do século 21 se dá nas redes políticas dos EUA, muitas vezes imperceptível ao público.

O trumpismo é sustentado por uma arquitetura de poder que inclui think-tanks, investidores como Peter Thiel e Elon Musk, e redes de mídia.

As contradições de Trump são estratégicas, refletindo um sistema resiliente que ele se adapta constantemente.

No Brasil, o golpe de 8 de janeiro de 2023 seguiu um padrão semelhante ao ataque ao Capitólio, com mobilização digital e desinformação como armas principais.

A estrutura de apoio é similar nos dois países, misturando influência política, financiamento e narrativas, mostrando que a política se tornou um produto transnacional.

A guerra não é apenas política, mas pela atenção e percepção da realidade. Quem define a narrativa controla as certezas da população.

Essa lógica é uma guerra permanente em feeds e plataformas digitais, longe das manifestações físicas.

Os ecossistemas políticos são antifrágeis; aprendem com crises e se fortalecem com a adversidade.

Um dilema surge: esse sistema não precisa de vitórias contínuas, apenas de conflitos para se manter mobilizado.

As eleições brasileiras são terreno dessa disputa invisível, já permeada por narrativas globais.

A pergunta é: nossas instituições entendem a complexidade dessa mudança? E, se falharmos, estaremos permitindo a infiltração do inimigo em casa.

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