EUA demite oficiais de inteligência que negaram que Maduro comande o Tren de Aragua
Veteranos da inteligência dos EUA foram dispensados após desafiar narrativa que liga o governo da Venezuela ao Tren de Aragua. Acusações de politicização da inteligência e vazamentos de informações também marcaram as demissões.
Dois analistas de inteligência dos EUA foram demitidos após redigirem um memorando que nega o papel do governo da Venezuela como líder da gangue criminosa Tren de Aragua. Isso contradiz a narrativa do governo de Donald Trump, que justificou deportações.
A demissão de Mike Collins e Maria Langan-Riekhof foi anunciada pela diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, em comunicado à imprensa, incluindo a CNN e o The Washington Post.
Alexa Henning, vice-chefe de gabinete de Gabbard, afirmou que os demitidos são "remanescentes" da administração Biden e acusou o Conselho Nacional de Inteligência de vazar informações confidenciais, o que é ilegal.
As demissões ocorreram após a divulgação de um documento interno que questionava se o governo de Nicolás Maduro controla o Tren de Aragua, uma gangue fundada em 2007. O documento afirmava que, apesar do ambiente permissivo, Maduro não direciona as operações do TDA nos EUA.
Além disso, os analistas destacaram que a maioria dos membros do conselho considera as alegações de ligação entre Maduro e o Tren de Aragua incredíveis.
Essa posição contradiz a do governo Trump, que utilizou supostos laços para invocar a Lei de Inimigos Estrangeiros, facilitando deportações de migrantes venezuelanos.
O congressista Jim Himes criticou o governo, afirmando que busca apenas análises alinhadas à sua agenda política em vez de análises verdadeiras.