EUA deportam mais de 230 venezuelanos para El Salvador mesmo com suspensão da lei ‘Inimigos Estrangeiros’
Decisão gera controvérsia sobre direitos de imigrantes e legalidade das deportações. Críticos alertam para a possibilidade de injustiças em meio à aplicação de leis questionáveis.
Governo dos EUA envia venezuelanos para El Salvador
O governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, decidiu enviar 238 venezuelanos a uma prisão em El Salvador.
Os deportados são acusados de pertencer à gangue Tren de Aragua. A medida foi anunciada um dia após a suspensão da aplicação da Lei de Inimigos Estrangeiros, que acelerava processos de deportação.
O presidente salvadorenho, Nayib Bukele, confirmou a chegada dos deportados ao Centro de Confinamento do Terrorismo. Apenas El Salvador aceitou receber prisioneiros entre os países que se comprometeram a atuar como “ponte” para imigrantes deportados.
A Lei de Inimigos Estrangeiros, que permite deportações sem devido processo legal, foi invocada, mas um juiz federal proibiu deportações baseadas nessa legislação em resposta a pedidos de organizações de direitos civis.
Apesar da ordem judicial, vídeos mostram os venezuelanos chegando a El Salvador, desafiando a decisão do juiz. A procuradora-geral Pam Bondi criticou a ação judicial, alegando que favoreceu “terroristas” e gerou debates sobre a legalidade das ações do governo.
Especialistas afirmam que a aplicação da Lei em tempos de paz é problemática, podendo resultar em deportações de inocentes. Um deportado relatou ter fugido da Venezuela após ser torturado e não ter tido a oportunidade de se defender, sendo erroneamente identificado como membro da gangue.
Publicado por Sarah Paula – Reportagem produzida com auxílio de IA