EUA dobram recompensa pela captura de Nicolás Maduro para R$ 273 milhões
Recompensa elevada reflete a crescente tensão entre EUA e Venezuela, com acusações de narcotráfico contra Maduro. Chanceler venezuelano reage, classificando a medida como propaganda política e uma tentativa de desviar a atenção de problemas internos nos EUA.
O governo de Donald Trump anunciou um aumento na recompensa por informações sobre o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões (R$ 273,1 milhões).
Washington acusa Maduro de ser um dos principais narcotraficantes do mundo e uma ameaça à segurança dos EUA.
A secretária de Justiça, Pam Bondi, confirmou o anúncio por meio de um vídeo na rede social X, destacando que Maduro utiliza organizações criminosas, como a Tren de Aragua e o cartel de Sinaloa, para tráfico de drogas nos EUA.
Segundo a procuradora, a DEA já confiscou 30 toneladas de cocaína associadas a Maduro e seus aliados e apreendeu mais de US$ 700 milhões (R$ 3,8 bilhões) em ativos.
Bondi afirmou: "Maduro não escapará da Justiça e responderá por seus crimes atrozes".
A reação do regime venezuelano veio por meio do chanceler Yván Gil, que chamou a recompensa de "cortina de fumaça ridícula".
A relação Venezuela-EUA está rompida desde o primeiro mandato de Trump (2017-2021). Em 2020, Maduro foi acusado formalmente de narcoterrorismo e oferecida uma recompensa inicial de US$ 15 milhões.
Além disso, a DEA recentemente anunciou uma recompensa de até US$ 25 milhões por informações sobre sua prisão.
A hostilidade de Trump contra Maduro começou em 2019, quando reconheceu Juan Guaidó como presidente interino e impôs sanções severas.
Apesar da retórica dura, os EUA mantiveram canais de negociação com Caracas, especialmente para a libertação de cidadãos americanos, com a soltura de dez detidos em julho através de um acordo auxiliado por El Salvador.