EUA dobram recompensa pela captura de Nicolás Maduro para R$ 273 milhões
Recompensa aumentada reflete as acusações de narcotráfico e a busca por Justiça contra Maduro. Chanceler venezuelano critica a medida, chamando-a de propaganda política dos EUA.
Recompensa por Nicolás Maduro aumenta para US$ 50 milhões
O governo de Donald Trump anunciou, em 7 de setembro, que a recompensa por informações para a prisão do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, dobrou de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões (R$ 273,1 milhões).
Washington acusa Maduro de ser um dos principais narcotraficantes do mundo e uma ameaça à segurança dos EUA. A secretária de Justiça, Pam Bondi, destacou em vídeo que ele utiliza organizações criminosas, como a Tren de Aragua e o cartel de Sinaloa, para introduzir drogas nos EUA.
A DEA (Agência Antidrogas Americana) confiscou 30 toneladas de cocaína relacionadas a Maduro e seus aliados, além de US$ 700 milhões em ativos, incluindo jatos e veículos. Bondi afirmou: "Sob a liderança do presidente Trump, Maduro não escapará da Justiça".
O regime venezuelano reagiu, com o chanceler Yván Gil chamando a recompensa de "cortina de fumaça ridícula". Gil acusou Washington de querer distrair os cidadãos de seus problemas internos.
A relação entre EUA e Venezuela está rompida desde o primeiro mandato de Trump (2017–2021). Em 2020, Maduro foi formalmente acusado de narcoterrorismo, inicialmente com recompensa de US$ 15 milhões por informações sobre sua captura.
Em 2019, Trump reconheceu Juan Guaidó como presidente interino e impôs sanções severas, incluindo embargo ao petróleo venezuelano. Apesar da hostilidade, canais de negociação foram mantidos para tratar de interesses específicos.
No entanto, a oposição encerrou o governo simbólico de Guaidó em 2023.
Em julho, um acordo intermediado por El Salvador resultou na libertação de dez cidadãos americanos presos na Venezuela, mesmo após a Tren de Aragua ser classificada como "organização terrorista global".