EUA e China anunciam acordo de suspensão parcial de tarifas comerciais por 90 dias
Acordo entre EUA e China suspende tarifas por 90 dias e acena com novas negociações comerciais. O comprometimento das potências pode trazer estabilidade à economia global e animar investidores.
Estados Unidos e China anunciaram nesta segunda-feira, 12, um acordo para reduzir tarifas e estabelecer uma trégua de 90 dias na guerra comercial, facilitando futuras negociações.
As ações subiram significativamente após as duas potências recuarem de um confronto que impactava a economia global.
Jamieson Greer, representante de Comércio dos EUA, afirmou que ambos os países acordaram suspender tarifas por 90 dias. Os EUA reduzirão a tarifa sobre importações chinesas de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá o imposto de importação sobre produtos americanos de 125% para 10%.
A redução das tarifas foi anunciada em Genebra por Greer e pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, que destacaram a importância de continuar as consultas comerciais.
Bessent ressaltou que tarifas altas representavam um bloqueio às mercadorias, algo indesejado por ambos os lados. O consenso é evitar o desacoplamento econômico e promover um comércio equilibrado.
O Ministério do Comércio da China classificou o acordo como um passo importante para resolver divergências, destacando que atende aos interesses de produtores e consumidores de ambos os países.
Embora o impacto total das tarifas esteja incerto, o acordo gerou otimismo entre investidores. Futuros do S&P 500 subiram 2,6% e do Dow Jones, 2%. O preço do petróleo disparou mais de US$ 1,60 por barril.
Jens Eskelund, da Câmara de Comércio da União Europeia na China, celebrou a notícia, mas enfatizou a necessidade de cautela. A previsibilidade é crucial para decisões de investimento, e ambos os lados devem continuar o diálogo.
No mês passado, o presidente Donald Trump elevou tarifas sobre a China, levando a uma resposta proporcional de Pequim, com tarifas que na prática resultaram em um boicote mútuo.
O anúncio recentíssimo encorajou ganhos nas bolsas globais, com índices em Hong Kong subindo quase 3% e na Alemanha e França, 0,7%.