EUA e China formalizam trégua comercial com foco em terras raras e tecnologia
Acordo comercial entre EUA e China estabelece suspensão de tarifas e revisão de controles de exportação. Expectativas são moderadas em relação aos detalhes das restrições que serão aliviadas.
Estados Unidos e China oficializaram um acordo comercial que confirma os termos de uma trégua negociada em Londres.
O entendimento, anunciado na sexta-feira (27) pelos governos, inclui:
- Suspensão mútua de tarifas por 90 dias;
- Revisão de controles sobre exportações;
- Alívio de restrições impostas pelos EUA à China.
O presidente dos EUA, Donald Trump, revelou que havia “acabado de assinar com a China”. Um porta-voz da Casa Branca confirmou um entendimento adicional para implementar um acordo anterior de Genebra.
De acordo com o Ministério do Comércio da China, os detalhes da estrutura do acordo foram confirmados. Pequim analisará solicitações de exportação, enquanto os EUA cancelarão algumas medidas restritivas.
As negociações em Londres foram lideradas por Scott Bessent (Tesouro dos EUA) e He Lifeng (vice-premiê chinês). Howard Lutnick, secretário de Comércio dos EUA, declarou que “o acordo foi assinado e selado há dois dias”.
O pacto retoma um entendimento anterior, que foi impactado por divergências sobre exportações de terras raras e novos controles de tecnologia pelos EUA. Analistas ressaltam a falta de clareza sobre quais restrições serão efetivamente aliviadas.
A administração Trump busca fechar acordos comerciais antes de 9 de julho, quando tarifas de até 50% poderão ser reativadas. Até o momento, o Reino Unido é o único a firmar acordo com os EUA. Já as tarifas sobre produtos chineses foram temporariamente reduzidas para 10%, mantendo-se 20% adicionais.
A notícia impulsionou uma alta nos futuros de Nova York.