EUA e China se reúnem em Genebra para negociar tarifas
Negociações entre EUA e China começam em meio a expectativas baixas de acordo. Encontros visam discutir tarifas abusivas que alimentam a guerra comercial global.
Reunião EUA-China em Genebra
Realizada neste sábado (10.mai.2025), a 1ª reunião para negociar tarifas entre Estados Unidos e China ocorreu em Genebra, Suíça.
As conversas, com o secretário do Tesouro Scott Bessent e o representante comercial Jamieson Greer pelos EUA, e o vice-primeiro-ministro He Lifeng pela China, serão retomadas no domingo (11.mai).
Expectativas baixas para o fim da guerra comercial, mas espera-se redução das tarifas. Atualmente, Washington impõe 145% sobre produtos chineses, enquanto Pequim retaliou com 125% sobre bens dos EUA.
A tensão aumentou após Donald Trump anunciar tarifas recíprocas a 185 países. As taxas variavam de 10% a 34%, com exceção da China, para a qual as tarifas foram gradualmente elevadas.
A China cortou tarifas sobre materiais de circuitos integrados, como microchips. Em 23 de abril, a Shenzhen HJET Supply Chain anunciou que oito códigos tarifários relacionados a semicondutores estão isentos de tarifas adicionais dos EUA.
Trump reconheceu que 145% é excessivo e sugere 80% como uma tarifa mais adequada. Mudanças dependem de Scott Bessent.
A diretora Yun Sun, do Centro Stimson, acredita que a reunião não trará resultados substanciais e enfatiza a necessidade de ações concretas, não apenas promessas.
Conselheiros de Trump indicam que mesmo com um possível acordo, as tarifas permanecerão altas como parte do plano econômico para fomentar a indústria e gerar empregos nos EUA.
“Haverá volatilidade no curto prazo”, afirmou Stephen Miran, conselheiro econômico da Casa Branca.