EUA e Guiana acusam Maduro de narcoterrorismo em meio a aumento das tensões no Caribe
EUA reforçam posição contra Nicolás Maduro, enquanto Guiana denuncia envolvimento do regime com narcoterrorismo. Tensões entre Washington e Caracas aumentam com o deslocamento de navios militares para o Caribe.
Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, republicou uma declaração oficial da Guiana que acusa o regime de Nicolás Maduro de envolvimento com redes de narcoterrorismo.
A nota menciona o Cartel de los Soles, vinculado a setores militares da Venezuela, como uma das principais ameaças à segurança regional.
A Guiana pede cooperação internacional para combater o crime organizado transnacional e está comprometida em trabalhar com parceiros para desmantelar esses grupos.
A Embaixada dos EUA na Venezuela alertou cidadãos americanos a não viajarem para o país, citando riscos de detenção arbitrária, tortura, terrorismo e instabilidade civil.
As tensões entre Washington e Caracas aumentaram, com o governo Trump enviando três navios de guerra para o Caribe, visando intensificar o combate ao narcotráfico.
A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que os EUA estão prontos para “usar todo o poder americano” contra os responsáveis pelo tráfico de drogas.
No início de agosto, a recompensa por informações sobre a prisão de Maduro foi elevada para US$ 50 milhões.
A movimentação militar gerou especulações sobre uma possível operação contra Maduro, com a presença de navios anfíbios prontos para ação rápida.
Especialistas alertam que uma intervenção desse tipo seria inédita na América do Sul e teria um alto custo.
Em resposta à pressão, Maduro mobilizou 4,5 milhões de membros da Milícia Bolivariana, um movimento visto como preparação para o cerco militar.
O aumento do conflito diplomático levanta preocupações sobre os efeitos de uma possível intervenção dos EUA na Venezuela para a América Latina, especialmente para o Brasil.