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EUA e Rússia iniciam conversas sobre cessar-fogo na Ucrânia em reunião na Arábia Saudita

Negociações entre EUA e Rússia visam cessar-fogo parcial na Ucrânia, com foco em instalações de energia. A situação continua tensa, com divergências sobre os termos do acordo e acusações mútuas de violações.

Reunião em Arábia Saudita: Autoridades russas e americanas se reuniram em 24 de setembro para discutir um cessar-fogo parcial na Ucrânia, focando em ataques a instalações de energia e navios no Mar Negro.

O encontro ocorreu após negociações entre Estados Unidos e Ucrânia. Inicialmente, as conversas seriam simultâneas, mas agora ocorrem separadamente.

O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, descreveu a reunião com os EUA como “produtiva e focada”. A Ucrânia está aberta a uma trégua completa, porém, Vladimir Putin exige concessões significativas antes de qualquer acordo.

Analistas sugerem que o Kremlin busca extrair benefícios do desejo de Donald Trump por um acordo de paz, considerando uma reaproximação com os EUA um ganho econômico e geopolítico. O vice-presidente do comitê de relações exteriores russo, Vyacheslav Nikonov, afirmou que as relações com os EUA são prioridade para Putin.

Engajar-se com Trump poderia desbloquear vantagens como peças para jatos Boeing e redução da presença da OTAN na Europa. Contudo, não está claro se Trump conseguirá um acordo favorável para a Ucrânia ou se se decepcionará com as dificuldades.

No dia seguinte à conversa entre Trump e os líderes ucraniano e russo, ambos concordaram com um cessar-fogo, mas houve divergências sobre quais alvos seriam protegidos. A Casa Branca mencionou “energia e infraestrutura”, enquanto o Kremlin limitou o acordo a “infraestrutura energética”. Volodymyr Zelensky solicitou proteção para ferrovias e portos.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, reforçou que o acordo se refere apenas a instalações energéticas e acusou a Ucrânia de violar o cessar-fogo. Zelensky, por sua vez, denunciou “ataques massivos de drones russos” e pediu mais pressão dos aliados sobre a Rússia.

Adicionalmente, a operadora ferroviária da Ucrânia, Ukrzaliznytsia, sofreu um ataque cibernético significativo, mas garantiu a estabilidade do tráfego ferroviário.

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