EUA estão abrindo guerra e não vão preservar o Brasil, diz Haddad
Haddad critica tarifas de Trump e alerta sobre impactos nas relações comerciais com os EUA. O ministro defende que a diplomacia brasileira é robusta, mas reconhece os desafios impostos pelas medidas protecionistas.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), criticou os “tarifaços” dos EUA sob a liderança do presidente Donald Trump.
Haddad afirmou que o país está “abrindo guerra” no cenário internacional e não fará exceção com o Brasil. Ele destacou que o superávit na relação comercial dos EUA com o Brasil pode não ser suficiente para preservar a parceria.
As tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio do Brasil entraram em vigor em 12 de março, resultando em aumento de preços nos EUA.
A medida não afetará diretamente os consumidores brasileiros, mas poderá desestimular a compra de produtos brasileiros pelos EUA a longo prazo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou as taxas de “injustificadas e equivocadas”, ressaltando os danos tanto para empresas brasileiras quanto para as americanas.
Lula enfatizou a interdependência entre as indústrias dos dois países, lembrando que o Brasil importa insumos dos EUA para produzir aço.
As tarifas sobre aço e alumínio já haviam sido implementadas em 2018, visando limitar importações e estimular a indústria norte-americana. Embora o Brasil tivesse recebido isenção, ela estava condicionada a cotas de exportação.
Trump argumenta que o aumento das importações de aço e alumínio chineses motivou as novas tarifas.