EUA impõe tarifa extra de 50% para 35,9% das exportações brasileiras, calcula governo Lula
Tarifa de 50% imposta pelos EUA atinge setores variados da economia brasileira, com impactos significativos em exportações. Produtos como café e carne bovina encontram-se entre os mais afetados, enquanto segmentos estratégicos permanecem isentos.
MDIC: 44,6% das exportações brasileiras isentas de tarifa de 50%
No dia 31, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) anunciou que 44,6% das exportações do Brasil para os EUA não serão afetadas pela tarifa de 50% imposta pelo governo americano.
A medida, assinada por Donald Trump, aumenta as alíquotas em 40 pontos percentuais e inclui cerca de 700 produtos isentos, como os setores:
- Aeronáutico
- Automotivo
- Agronegócio
- Mineração
- Energia
Segundo levantamento da Secex/MDIC:
- 35,9% das exportações (US$ 14,5 bilhões) serão diretamente impactadas.
- 19,5% (US$ 7,9 bilhões) já sofrem tarifas específicas por segurança nacional.
Setores isentos incluem:
- Aeronaves e peças;
- Veículos e componentes automotivos;
- Produtos energéticos (petróleo, gás, carvão);
- Fertilizantes e alguns produtos agrícolas.
Setores mais afetados:
- Café
- Carne bovina
- Frutas
- Têxteis e calçados
- Móveis
Em 2024, Brasil exportou quase US$ 2 bilhões em café. O impacto nos preços é previsto pelo Cecafé. O setor de carne bovina estima redução de receitas em até 5%.
O MDIC destacou que 64,1% das exportações brasileiras competirão em condições semelhantes no mercado americano.
A tarifa entrará em vigor em 6 de agosto e não afeta mercadorias já embarcadas até sete dias após a assinatura.
A Casa Branca justificou a tarifação, alegando que o Brasil representa uma "ameaça à segurança nacional" dos EUA, citando Alexandre de Moraes do STF e questões de direitos humanos. Recentemente, Trump cancelou vistos de Moraes e outros ministros.