EUA impõem sanções a quatro juízas do Tribunal Penal Internacional
Novas sanções americanas miram juízas do TPI em resposta a investigações sobre crimes de guerra. A medida é parte de uma crescente hostilidade entre o governo Trump e a corte internacional.
Governo Trump impõe sanções ao TPI em resposta a decisões sobre crimes de guerra.
Nesta quinta-feira (5), o governo de Donald Trump sancionou quatro juízas do Tribunal Penal Internacional (TPI), incluindo:
- Solomy Balungi Bossa (Uganda)
- Luz del Carmen Ibanez Carranza (Peru)
- Reine Adelaide Sophie Alapini Gansou (Benin)
- Beti Hohler (Eslovênia)
A retaliação está relacionada a investigações sobre supostos crimes de guerra dos EUA no Afeganistão e a um mandado de prisão contra Binyamin Netanyahu.
O secretário de Estado, Marco Rubio, alegou que as juízas estavam envolvidas em ações "ilegítimas e infundadas" contra os EUA e aliados.
O TPI condenou as sanções, descrevendo-as como uma tentativa de desmantelar sua independência.
As juízas Bossa e Carranza autorizaram investigações sobre as tropas dos EUA desde 2018, enquanto Gansou e Hohler foram responsáveis por mandados emitidos contra Netanyahu e outros, por crimes de guerra em Gaza.
Essas novas sanções aumentam a hostilidade entre o governo Trump e o TPI. Em 2020, sanções já haviam sido impostas à então promotora Fatou Bensouda.
As sanções atuais restringem a capacidade das juízas de realizar transações financeiras em instituições americanas.
Trump já havia assinado um decreto em fevereiro contra o TPI, visando restringir indivíduos envolvidos nas investigações.
O TPI, localizado em Haia, processa crimes de guerra e contra a humanidade, contando com 125 membros, mas excluindo EUA, China, Rússia e Israel.
Viagem a Haia: Trump participará de uma cúpula da Otan nos dias 24 e 25 de junho.
O secretário da Defesa, Pete Hegseth, afirmou que os EUA não serão mais o principal suporte de defesa da Europa.