EUA incluem Cuba em lista de países que não cooperam contra o terrorismo
Cuba é novamente considerada um país que não coopera na luta antiterrorista dos Estados Unidos, enquanto a pressão de Washington se intensifica sob a administração Trump. A inclusão na lista traz consequências diretas para as relações comerciais e de defesa entre os dois países.
Estados Unidos incluem Cuba novamente e mantêm a Venezuela na lista de países que não cooperam na luta antiterrorista, segundo o Departamento de Estado nesta terça-feira (13).
O presidente Donald Trump aumentou a pressão sobre Cuba após sua reeleição, revogando a decisão de Joe Biden de retirar a ilha da lista de patrocinadores do terrorismo.
O chefe da diplomacia, Marco Rubio, destacou que, em 2024, o regime cubano não cooperou plenamente com os EUA em questões antiterroristas. A porta-voz Tammy Bruce informou que outros quatro países — Venezuela, Coreia do Norte, Irã e Síria — também permanecem na lista.
Bruce ressaltou que Cuba abriga pelo menos 11 fugitivos da justiça americana, alguns acusados de terrorismo, e que o regime cubano não está disposto a negociar seu retorno.
A inclusão na lista NFCC proíbe a venda ou concessão de licenças para a exportação de artigos e serviços de defesa a Cuba. O embargo comercial, imposto há mais de seis décadas, foi endurecido por Trump durante seu primeiro mandato.
Biden prometeu mudanças em relação a Cuba, mas adiou ações após a repressão a manifestações em julho de 2021, que resultaram em mortes e feridos. Antes de deixar o cargo, ele afrouxou sanções para liberar presos políticos na ilha.
O representante Mike Hammer, nomeado por Biden, visita Cuba para entender a situação dos dissidentes, enquanto o governo cubano nega a existência de presos políticos, acusando opositores de serem mercenários.
A ilha enfrenta uma grave crise, levando centenas de milhares de pessoas a emigrar para os EUA nos últimos três anos.