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EUA investigam importação de turbinas eólicas por segurança nacional

Investigação pode resultar em tarifas adicionais que aumentarão os custos do setor de energias renováveis. A medida reflete a postura da administração Trump em relação à dependência de componentes importados e à viabilidade das fontes renováveis.

Investigação de segurança nacional aberta pelo Departamento de Comércio dos EUA em 13 de agosto de 2025 visa turbinas eólicas e componentes importados.

Divulgada oficialmente em 21 de agosto de 2025, a investigação “Seção 232” pode resultar em tarifas adicionais além das já existentes para aço e alumínio, aumentando os custos do setor renovável.

A medida faz parte de uma política mais ampla da administração Donald Trump, que critica energias renováveis como caras e dependentes de cadeias chinesas. Dois terços do valor das turbinas nos EUA são importados, com principais fornecedores na Europa (41%), México (34%) e Índia (15%).

As importações americanas de equipamentos eólicos somaram US$ 1,7 bilhão em 2023, o menor volume desde 2013, com queda nas compras da China devido a tensões comerciais. EUA mantêm autossuficiência na montagem de nacelas e torres, mas a maioria dos outros componentes é importada.

Desde janeiro, Trump intensificou críticas à energia eólica, chamando turbinas de “feias” e “ineficientes”. Em 20 de agosto, declarou que as energias eólica e solar são “a fraude do século” e que não aprovará novos projetos do setor.

O Departamento de Comércio busca opiniões sobre como as cadeias produtivas estrangeiras atendem à demanda americana. Tarifas adicionais podem elevar os custos de projetos offshore, que dependem mais de equipamentos importados.

A indústria eólica offshore já enfrenta dificuldades com inflação e problemas logísticos, e Trump suspendeu licenciamentos do setor em seu primeiro dia de mandato. Em 2024, energias eólica e solar representaram 16% da eletricidade produzida nos EUA, sendo as fontes que mais crescem no país.

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