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EUA lideram investimentos externos diretos no Brasil

A incerteza em relação à política dos EUA e desafios internos chamam a atenção para o potencial de investimento no Brasil. Apesar das dificuldades, o país se destaca como um dos principais destinos de IED no mundo, atrativo para empresas americanas.

Investir ou não investir no Brasil é uma questão para os americanos. Os EUA têm o maior estoque de investimento estrangeiro direto (IED) no Brasil, superando US$ 300 bilhões em 2024, representando cerca de um terço do total de investimentos. Contudo, a política do governo Trump cria incertezas.

Apesar do alto estoque de IED, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Segundo Fabrizio Panzini, diretor da Amcham Brasil, o Brasil é o segundo maior receptor de IED, atrás apenas dos EUA, atraindo US$ 70 bilhões em 2024.

Durante um jantar do Grupo Esfera, Mauricio Claver-Carone, enviado dos EUA para a América Latina, destacou os desafios de câmbio, corrupção e crime. O economista Antonio Corrêa de Lacerda contestou essa visão, defendendo que a política cambial é competitiva e que o Brasil é um mercado atraente com tradição em receber IED.

O Brasil ocupa o 36º lugar no ranking de Transparência, à frente de países como China e Índia. De acordo com a pesquisa da Kearney, o Brasil está em 21º lugar em confiabilidade.

O relatório do BEA de 2023 coloca o Brasil em 16º lugar no ranking de investimentos americanos, com a maior parte dos recursos direcionada para setores como financeiro, manufaturas e energias renováveis.

O fluxo de IED global caiu 8% em 2024, enquanto o investimento no Brasil teve uma queda menor de 5%, totalizando US$ 61 bilhões.

Econômitas sugerem uma análise cautelosa da situação, considerando a política caótica de Trump e as sólidas relações Brasil-EUA. O economista-chefe da Bradesco Asset, Marcelo Toledo, menciona uma postura de "esperar para ver" entre investidores, que estão preocupados com a falta de grau de investimento do Brasil e seu crescimento projetado de apenas 2% para 2025.

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