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EUA mantêm silêncio em negociação, e governo brasileiro teme implementação de tarifas em agosto

Negociações entre Brasil e Estados Unidos enfrentam impasse a dias da aplicação de sobretaxas. O governo brasileiro busca alternativas informais enquanto aguarda uma resposta de Trump para dialogar oficialmente.

A nove dias do fim do prazo para a aplicação de sobretaxas de 50% sobre produtos brasileiros, os canais de negociação entre os governos dos EUA e Brasil seguem fechados.

O governo americano sinalizou que as tratativas só avançarão com autorização do presidente Donald Trump. O governo brasileiro não recebeu resposta às suas iniciativas, dificultando um desfecho antes do 1º de agosto.

Enquanto a comunicação formal está interditada, autoridades brasileiras estão buscando contatos extraoficiais com representantes nos EUA, devido ao temor de desautorização entre os americanos.

Ministros brasileiros expressam preocupação com a situação, sendo que as decisões de Trump não têm base econômica, mas política. Até o momento, a comunicação entre os dois países foi limitada, e o vice-presidente Geraldo Alckmin busca sensibilizar empresários afetados.

Aliados de Lula temem que Trump use este caso como exemplo para outros países. Desde o 16 de maio, correspondências enviadas ao governo americano não foram respondidas.

Os EUA priorizam outras tratativas, como acordos com a Indonésia e Japão, levando a um cenário de incerteza. Ministros brasileiros se reuniram recentemente para discutir o cenário das sobretaxas.

O governo do Brasil continuará buscando diálogo diplomático, mas agora aposta mais na interlocução empresarial para mobilizar os EUA a negociarem.

Setores como o de suco de laranja e grandes empresas nos EUA estão tomando medidas contra as tarifas, e diplomatas no Brasil destacam a importância da comunicação entre o setor privado dos dois países.

Ainda que não haja sinais definitivos de adiamento da sobretaxa, o governo brasileiro avalia a possibilidade. Rumores de novas sanções por parte de Trump também geram receios sobre o ambiente de negociação.

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