EUA mobiliza mais de 4 mil militares para águas ao redor da América Latina para conter cartéis
Mobilização da Marinha dos EUA tem o objetivo de combater o tráfico de drogas na região. A operação ocorre enquanto a presidente do México defende a autodeterminação do país.
A Marinha dos Estados Unidos mobilizou mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros para as águas da América Latina e do Caribe, com o objetivo de combater cartéis de drogas.
A movimentação foi confirmada por autoridades de defesa americana e ocorre enquanto a presidente do México, Claudia Sheinbaum, está em viagem à Guatemala. Ela afirmou que a operação acontece em águas internacionais, evitando intervenções.
O contingente inclui militares do Grupo Anfíbio de Prontidão Iwo Jima e da 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais para o Comando Sul dos EUA, parte de um reposicionamento mais amplo na região.
Foram alocados, ainda, um submarino de ataque, aeronaves de reconhecimento P8 Poseidon, contratorpedeiros e um cruzador de mísseis guiados para o Comando Sul.
A missão visa combater o tráfico de drogas e pressionar o governo venezuelano, enfrentando organizações narcoterroristas. Um oficial afirmou que a Unidade Expedicionária está pronta para executar ordens legais.
Recentemente, o presidente Donald Trump assinou uma diretiva ao Pentágono para considerar cartéis de drogas como organizações terroristas, possibilitando operações militares diretas. Essa é uma medida agressiva na campanha contra o tráfico, transferindo responsabilidade tradicionalmente policial para as Forças Armadas.
Em março, os EUA já haviam enviado contratorpedeiros para a fronteira com o México, reforçando a presença militar na região.
Sheinbaum reiterou a importância da autodeterminação dos povos e criticou declarações de Trump sobre o controle dos EUA sobre o México, afirmando que "o único que manda no México é o povo".