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EUA planeja reduzir regras bancárias impostas após a crise de 2008

Mudanças nos requisitos de capital visam impulsionar a liquidez do mercado e facilitar negociações no setor bancário. Entretanto, críticos alertam para os riscos de desregulamentação em um momento de incerteza econômica.

Autoridades americanas planejam anunciar um dos maiores cortes nos requisitos de capital dos bancos em mais de uma década, como parte da agenda de desregulamentação da administração Trump.

Os reguladores devem **reduzir** o índice de alavancagem suplementar (SLR) nos próximos meses, o que exige que grandes bancos mantenham uma quantidade específica de capital de alta qualidade contra sua alavancagem total.

Esta regra, estabelecida em 2014, é **contestada** por lobistas bancários que argumentam que penaliza os bancos por manter ativos de baixo risco, dificultando suas operações no mercado de dívida do governo.

  • Greg Baer, do Bank Policy Institute, afirma que a penalização compromete a liquidez do mercado durante períodos de estresse.
  • Os lobistas esperam propostas de reforma até o verão.

Criticos, como Nicolas Véron, alertam que o momento para relaxar as regras não é adequado, dada a volatilidade do mercado atual.

A reforma do SLR pode beneficiar o mercado de Títulos do Tesouro e ajudar a administração Trump a alcançar seu objetivo de **reduzir custos de empréstimos**.

O secretário do Tesouro, Scot Bessent, e o presidente do Fed, Jay Powell, apoiam o relaxamento do SLR, sendo o capital de nível um dos principais parâmetros a ser ajustado.

Atualmente, os oito maiores bancos dos EUA devem ter pelo menos 5% de capital em relação à alavancagem total, enquanto bancos internacionais operam com padrões menores.

Outra proposta é excluir ativos de baixo risco do cálculo do SLR, o que poderia liberar até US$ 2 trilhões de capacidade de balanço, mas isso poderia tornar os EUA um caso atípico.

A maioria dos grandes bancos dos EUA enfrenta outras restrições, como testes de estresse e requisitos de capital ajustados ao risco, que podem limitar os benefícios da reforma.

Analistas sugerem que alinhar as regras dos EUA com os padrões internacionais poderia oferecer mais margem de capital do que isentar ativos de baixo risco.

Os reguladores, incluindo Fed, OCC e FDIC, não comentaram sobre o assunto.

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