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EUA reafirmam reconhecer 2 sexos “imutáveis” após caso com Erika Hilton

Em resposta à emissão do visto com erro no gênero, a deputada Erika Hilton busca apoio do Itamaraty e planeja ações jurídicas contra o governo dos EUA. A situação destaca a controvérsia em torno das políticas do presidente Donald Trump em relação à identidade de gênero.

Embaixada dos EUA nega identidade de gênero de deputada

A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília emitiu um visto para a deputada federal Érika Hilton (Psol-SP) com o gênero masculino, afirmando que o governo de Donald Trump reconhece apenas dois sexos: masculino e feminino.

A deputada denunciou a negação de sua identidade de gênero enquanto se preparava para participar de uma conferência acadêmica nos EUA.

A embaixada declarou que os registros de visto são confidenciais e se baseiam na Ordem Executiva 14168, que proíbe a autoidentificação de gênero em documentos federais.

Érika Hilton, a primeira deputada federal negra e trans do Brasil, enviou um ofício ao Ministério das Relações Exteriores solicitando uma reunião com o ministro Mauro Vieira e articula uma ação jurídica internacional contra o governo Trump.

Documentos mostram que a embaixada ignorou sua certidão de nascimento e passaporte que atestam sua identidade feminina. A deputada ressaltou: “É absurdo que o ódio de Trump contra pessoas trans tenha afetado uma parlamentar brasileira.”

Ela deveria ter palestrado no evento Diversidade e Democracia no dia 12 de abril, mas desistiu da viagem após o episódio.

A deputada criticou as políticas desumanas dos EUA em relação a pessoas trans, afirmando que desrespeitam a soberania brasileira em emitir documentos.

Em 2023, a embaixada havia emitido seu visto respeitando sua identidade feminina, mas o cenário mudou após o decreto de janeiro de 2025.

Com informações da Agência Brasil.

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