EUA usam rastreadores em remessas de chips de IA para evitar desvios à China, diz agência
Estados Unidos intensificam vigilância sobre remessas de chips de IA para impedir contrabando. A medida visa proteger restrições comerciais e coibir desvios para a China, visando fortalecer a segurança nacional.
Autoridades dos EUA têm instalado, de forma sigilosa, rastreadores em remessas de chips avançados de inteligência artificial para evitar desvios ilegais para a China, segundo a agência Reuters.
O objetivo é identificar cargas redirecionadas a destinos com restrições comerciais e reunir provas contra infratores. O uso de rastreadores é uma prática antiga das autoridades, aplicada a produtos sensíveis como peças de aeronaves e semicondutores.
Pessoas na cadeia de fornecimento de servidores de IA relataram que fabricantes como Dell e Super Micro têm rastreador embutidos em suas embalagens ou servidores, utilizando chips da Nvidia e AMD.
Recentemente, dois cidadãos chineses foram presos, com mensagens indicando que um deles instruía seu parceiro a inspecionar servidores Quanta H200 em busca de rastreadores. Vários órgãos, incluindo o FBI, podem estar envolvidos nas operações.
Desde 2022, o governo dos EUA limita a exportação de chips para a China para restringir sua modernização militar. Propostas recentes sugerem que a tecnologia de verificação de localização se torne obrigatória nos chips. Isso gerou preocupações na China, com o órgão regulador convocando a Nvidia devido a temores sobre controle remoto.
Em janeiro, a Reuters mencionou redes de contrabando de chips de IA para a China via Malásia, Singapura e Emirados Árabes Unidos, mas não está claro se rastreadores foram utilizados nesse contexto.