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EUA veem suposta piora de direitos humanos na Europa e melhora em El Salvador

Relatório do Departamento de Estado destaca alianças com governos controversos na América Latina e critica regimes que não seguem a linha populista do Partido Republicano. O Brasil é mencionado devido ao julgamento de Jair Bolsonaro, enquanto a situação de direitos humanos em países como Venezuela e Nicarágua é classificada como crítica.

Relatório Anual sobre Direitos Humanos

O Departamento de Estado americano publicou, dia 12, seu relatório anual sobre direitos humanos, alinhado às prioridades de política externa do presidente Donald Trump.

O documento exalta governos aliados, como El Salvador sob Nayib Bukele, mesmo com restrições de liberdades individuais, e critica Estados europeus que não seguem a linha populista do Partido Republicano.

O Brasil é criticado pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe no STF.

Na América Latina, os EUA criticaram regimes de esquerda, destacando a Venezuela e Nicarágua, afirmando que os direitos humanos “pioraram”. Não há “mudanças significativas” em Cuba.

Entre os aliados europeus, o relatório apontou deterioração na situação de direitos humanos no Reino Unido, Alemanha e França, especialmente em liberdade de expressão.

Marco Rubio, chefe da diplomacia, e o vice-presidente JD Vance amplificaram críticas à censura na Europa. Vance provocou polêmica ao afirmar que a liberdade de expressão está “retrocedendo”.

Trump aprecia a gestão de Bukele, que aceitou encarcerar imigrantes deportados em troca de dinheiro. O Departamento de Estado afirma que “não houve relatos confiáveis de abusos significativos de direitos humanos” em El Salvador.

O contraste com denúncias de ONGs cresce, especialmente após a deportação de mais de 250 venezuelanos acusados de pertencimento à gangue Tren de Aragua.

Além disso, Bukele obteve autorização para reeleição indefinida, um mecanismo comparado a práticas de regimes considerados ditatoriais.

A Anistia Internacional criticou o governo Trump por omissões e falta de clareza acerca dos crescentes abusos em certos países.

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