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EUA vivem inédita fuga de cérebros científicos

O ex-presidente Trump intensifica a perseguição a cientistas e acadêmicos nos EUA, levando a uma fuga em massa em busca de condições mais seguras no exterior. A resposta de universidades europeias e canadenses revela uma mobilização para atrair esses profissionais afetados pela política atual.

Governo Trump e a fuga de cientistas e professores

A guerra contra o conhecimento e a ciência iniciada na 2ª administração de Donald Trump resulta na evasão de cientistas e professores para o Canadá e Europa.

Uma enquete da Nature com 1.608 cientistas revelou que 75,3% têm intenção de deixar os EUA em busca de segurança profissional.

Trump cortou verbas para pesquisa científica e atacou instituições que chama de "dominadas pela esquerda radical". Universidades da Ivy League, como Columbia, Princeton e Harvard, são as mais afetadas.

Essas instituições são pressionadas a remover conteúdos relacionados à diversidade, equidade e inclusão (DEI). Imigrantes, especialmente de nações como China e Irã, são vítimas da perseguição, com cerca de 300 estudantes de pós-graduação tendo seus vistos revogados.

Essa ofensiva impacta a produção científica dos EUA, onde 43% dos doutorandos e 60% dos pós-doutorandos nas áreas de STEM são estrangeiros. Muitos desses estudantes ficam no país após a formação.

A xenofobia disseminada pelo governo cria um ambiente ameaçador. A pesquisa indica que 43% dos pós-doutores sentem suas posições ameaçadas.

Na Europa, iniciativas já estão em andamento. A Universidade Aix Marseilles criou um programa chamado Lugar Seguro para a Ciência, recebendo em média 12 pedidos por dia. A Comissão Europeia planeja um fundo de 750 milhões de euros para apoiar pesquisadores norte-americanos deslocados.

As consequências dessa fuga de cérebros para os EUA são alarmantes, com pesquisas nas áreas médicas, ambientais e tecnológicas prejudicadas. O orçamento do National Endowment for the Humanities teve cortes de 80%.

A saída do professor Jason Stanley da Universidade Yale para a Universidade de Toronto exemplifica essa situação. Insatisfeito com a capitulação da Columbia às pressões do governo, ele buscou um ambiente onde cidadãos e não cidadãos não sejam perseguidos.

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