Europa faz malabarismo para atingir nova meta de gastos da Otan

A Otan definiu uma nova meta para seus 32 países: aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB até 2035. Até agora, 9 nações ainda não atingiram o patamar de 2%, estipulado para 2024.

Esses 10 anos darão aos países tempo para mais que dobrar seus investimentos. A pressão aumentou após a volta de Donald Trump à Casa Branca e os conflitos na Ucrânia e entre Israel e Hamas.

Antes da nova meta, 29 dos 32 integrantes já eram desafiados a aumentar seus gastos. Apenas Estônia e Lituânia já superam 5%, enquanto a Polônia gasta 4,12% e os Estados Unidos 3,38%, liderando em valor bruto com US$ 967,7 bilhões.

Os gastos são divididos em três categorias: equipamentos, pessoal e infraestrutura. Apenas 3,5% dos 5% são exclusivamente para defesa; o restante se refere a gastos estratégicos.

A Itália planeja classificar a construção de uma ponte como investimento em defesa, com o custo de € 13,5 bilhões e previsão de início em 2025. Seu gasto atual é de 1,49% do PIB.

A Dinamarca propôs incluir mulheres no serviço militar, visando aumentar seu gasto atual de 2,37% para 3% até 2025.

Alemanha e Reino Unido estão sob pressão dos EUA para elevar seus gastos. Ambas planejam acordos militares que podem aumentar seus investimentos. A Alemanha espera atingir 3,5%% até 2035 e o Reino Unido 2,5%% em dois anos.

Atualmente, apenas Lituânia e Estônia têm planos concretos para atingir 5%, com metas de 5,5%% e 5,4%% até 2029, respectivamente.

Letônia e Polônia também estão aumentando seus gastos em defesa. São outros países vizinhos da Rússia, considerada a principal ameaça à segurança global, apoiando a Ucrânia na guerra.

A meta de 2%% de 2014 foi atingida por apenas 23 dos 32 países. Nenhum atualmente se aproxima dos 5% em 2035, levando a Otan a um desafio significativo.