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Europa levaria 10 anos para conseguir se defender militarmente sem os EUA, diz analista

Especialista destaca que a Europa levaria uma década para alcançar a capacidade militar dos EUA, mesmo com aumento de investimentos em defesa. A situação se agrava com a especialização tecnológica de cada país e a centralização das decisões na União Europeia.

Retirada das Forças Americanas da Europa

Se os Estados Unidos retirarem suas forças de defesa da Europa, o continente levará ao menos dez anos para equiparar seu poder militar. A avaliação é de Salvador Raza, especialista em segurança e defesa.

Recentemente, o governo de Donald Trump defendeu que a Europa dependa menos dos EUA em defesa militar, alterando um acordo vigente desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Motivo Econômico

  • Trump aponta que os EUA gastam excessivamente em defesa na Europa.
  • Os europeus devem aumentar sua participação, pois em 2024 os EUA gastarão US$ 968 bilhões, enquanto a Alemanha gastou apenas US$ 86 bilhões.

Raza explica que essa transição demoraria por vários fatores, incluindo o desenvolvimento tecnológico e a dependência da indústria europeia do padrão americano. Exemplos incluem:

  • A Itália produz componentes para o F35.
  • A França fabrica o Rafale, que é caro e menos eficiente.

Especialização Tecnológica

A Europa se organizou com especializações diferentes entre países:

  • Finlândia: Foco em tanques.
  • Bálticos: Tecnologias terrestres.
  • Alemanha e Reino Unido: Defesa antiaérea.
  • França e Suécia: Aeronaves de combate.

Entretanto, a capacidade de decisão centralizada na União Europeia é um desafio, como demonstrado pela resistência da Itália em aumentar gastos com defesa devido a preocupações com imigração irregular.

Risco de Conflito com a Rússia

Raza indica que a Europa se prepara para o risco de um conflito com a Rússia. Porém, ele observa que Moscou não tem mostrado intenção de invadir outros países.

A Rússia busca proteger eixos vulneráveis, e a perda da Ucrânia na dissolução da União Soviética afetou significativamente sua capacidade militar, levando-a a se rearmar nos anos 2000.

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