Europa reforça apelo por pressão contra Rússia antes da reunião entre Trump e Putin
Líderes europeus enfatizam a necessidade de pressão contínua sobre a Rússia e reafirmam apoio à Ucrânia em meio a negociações diplomáticas. Enquanto isso, Zelensky critica a cúpula entre Trump e Putin, alertando que decisões não podem ser tomadas sem a participação da Ucrânia.
Principais líderes europeus assinam carta pedindo pressão contínua sobre a Rússia e reafirmando apoio à Ucrânia antes da cúpula entre Vladimir Putin e Donald Trump, marcada para 15 de agosto no Alasca.
A reunião ocorrerá sem Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano que pediu participação nas negociações. Os líderes europeus aplaudiram o trabalho de Trump para "impedir o massacre na Ucrânia" e afirmaram que apenas uma combinação de "diplomacia ativa, apoio à Ucrânia e pressão sobre a Rússia" pode acabar com a guerra.
Entre os signatários da carta estão:
- Emmanuel Macron (França)
- Giorgia Meloni (Itália)
- Friedrich Merz (Alemanha)
- Donald Tusk (Polônia)
- Keir Starmer (Reino Unido)
- Ursula von der Leyen (Comissão Europeia)
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva também conversou com Putin, oferecendo apoio a uma solução pacífica. As negociações entre Rússia e Ucrânia não resultaram em avanços.
Trump comentou que "haverá alguma troca de territórios" entre Ucrânia e Rússia, sem detalhes adicionais. Zelensky alertou que "decisões não podem ser tomadas sem a Ucrânia" e enfatizou que os ucranianos não entregarão suas terras.
A invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, causou dezenas de milhares de mortos e milhões de deslocados. A cúpula no Alasca será a primeira entre presidentes em exercício desde a reunião de Joe Biden e Putin em 2021.
Apesar de conversas, as posições de ambos os lados permanecem irreconciliáveis, com confrontos contínuos. A Rússia exige a cessão de regiões ocupadas e a renúncia da Ucrânia ao fornecimento de armas ocidentais e à proteção da Otan, demandas consideradas inaceitáveis pela Ucrânia.