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Evento discute oportunidades para o agro brasileiro em meio à guerra comercial

Especialistas discutem como a "Guerra Fria 2.0" entre EUA e China pode afetar o agronegócio brasileiro. O cenário geopolítico traz tanto riscos quanto oportunidades para o Brasil no comércio internacional.

Ex-presidente do Banco dos Brics, Marcos Troyjo, afirma que os EUA e a China estão em uma "Guerra Fria 2.0", durante evento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Estadão.

O debate, intitulado "Cenário Geopolítico e a Agricultura Tropical", abordou a nova geopolítica e seus impactos nos mercados internacionais, focando no agro brasileiro.

Recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, imprimiu tarifas de importação, com **taxas mais altas para a China**.

Troyjo acredita que, embora haja uma “Guerra Fria 2.0”, o Brasil não será afetado, pois muitos de seus produtos estão isentos das tarifas. Ele afirmou: "A economia mundial está mais perigosa, mas não para o Brasil".

João Martins, presidente da CNA, destacou que o futuro do Brasil nesse contexto é incerto, mas é uma oportunidade a ser aproveitada.

Oliver Stuenkel, pesquisador do Carnegie Endowment e Harvard, opina que a China pode resistir mais tempo na disputa devido à sua preparação. Ele menciona que os republicanos enfrentam descontentamento popular e temem as próximas eleições.

Sobre a Lei da Reciprocidade Econômica, a senadora Tereza Cristina afirmou que ela não será aplicada imediatamente contra os EUA, mas poderá ser utilizada caso Trump continue com as tarifas. Ela também acredita que a guerra comercial pode acelerar o acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

O tratado entre os blocos foi anunciado para o final de 2024, mas a assinatura depende de revisões e traduções dos textos.

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