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Eventos inesperados e reflexos no mercado: quanto custa não prever o futuro?

Especialistas alertam para os riscos ignorados que podem agravar crises econômicas globais. Com impactos financeiros significativos, eventos como a crise climática e a dívida pública exigem atenção imediata para evitar consequências devastadoras.

Cisnes negros são eventos raros e impactantes, como a pandemia de covid-19, que causaram uma retração de 3,5% no PIB mundial em 2020, com perdas de US$ 11 trilhões.

A crise financeira de 2008 também é um exemplo significativo, resultando em uma queda de 4% a 6% na economia global.

Além dos cisnes, o mercado identifica rinocerontes cinzentos, que são eventos previsíveis, mas ignorados. Um exemplo é a crise climática, que pode custar até 18% do PIB mundial até 2050, conforme o Swiss Re Institute.

A dívida global está sendo negligenciada, ultrapassando US$ 300 trilhões em 2024, representando cerca de 350% do PIB mundial, segundo a OCDE.

Os dragões negros representam riscos conhecidos, mas evitados devido ao seu potencial destrutivo, como guerras nucleares e colapsos financeiros. Um exemplo recente é a guerra entre Rússia e Ucrânia, que já causou perdas superiores a US$ 1 trilhão desde 2022.

Em 2024, o rinoceronte cinza é a dívida pública federal, que cresceu 12,2%, totalizando R$ 7,31 trilhões ou 76,1% do PIB nacional.

Ignorar esses sinais é uma grave negligência e uma ameaça ao futuro. Anticipar riscos, construir resiliência e investir em inovação será crucial para o sucesso.

Como disse o papa Francisco na encíclica Laudato Si: “Escolhemos a conveniência do presente, sabendo que estamos destruindo nosso futuro”.

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