Evo Morales foge da Justiça na selva boliviana e planeja retorno à Presidência
Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, enfrenta acusações graves enquanto se esconde em um bunker rodeado por seguidores armados. Apesar de ser declarado inelegível, ele planeja um retorno à política em meio à insatisfação popular com a atual crise econômica.
Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, está escondido em um bunker em um complexo de rádio relacionado à folha de coca.
Procurado pela justiça por tráfico humano e estupro de menor, ele planeja um retorno à Presidência nas eleições de agosto, apesar de já ter sido declarado inelegível.
Morales, que ganhou fama como líder indígena e promoveu uma economia em crescimento, agora vive em um vilarejo isolado, cercado por cerca de 2.000 apoiadores armados prontos para protegê-lo.
Acusado de ter um relacionamento com uma menor que teria dado à luz seu filho, ele nega as irregularidades e afirma que as acusações são motivadas politicamente.
A inflação crescente e a escassez de combustível têm gerado nostalgia por seu governo, que durou de 2006 a 2019, e a situação econômica atual leva muitos a desejar seu retorno.
Morales, que enfrenta desafios legais e foi alvo de recompensas por sua captura, acredita ter apoio popular suficiente para vencer, se conseguir concorrer. Ele fez questão de afirmar: "Não há plano B".
O atual presidente, Luis Arce, ex-aliado de Morales, está em conflito com ele e também busca a reeleição. Ambas as partes enfrentam um cenário político dividido.
Mora desliza por entre apoiadores que lamentam a situação atual da economia. Uma agricultora expressou: "Com seu governo, tínhamos tudo; com este governo, não temos nada."
O acampamento em torno de Morales, protegido e em constante vigilância, sinaliza os próximos desafios políticos e judiciais que ele terá pela frente.