Ex-assessor de Bolsonaro nega ter feito monitoramento ilegal de Moraes
Coronel Marcelo Câmara garante que troca de mensagens sobre Alexandre de Moraes foi uma "brincadeira" e nega monitoramento ilegal. A audiência no STF é parte da ação penal que investiga a trama golpista do governo Bolsonaro.
Coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, negou realizar monitoramento ilegal do ministro Alexandre de Moraes.
Câmara, preso, foi interrogado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como réu do núcleo 2 da ação penal relacionada a uma trama golpista durante o governo de Bolsonaro.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o grupo de planejar ações para tentar sustentar a permanência ilegítima de Bolsonaro no poder em 2022.
Em sua defesa, Câmara afirmou que as mensagens trocadas com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator, não constituíam monitoramento. Ele disse que respondia às solicitações do militar.
Câmara também se referiu a uma mensagem onde Cid chamava Moraes de “professora”, explicando que a expressão foi uma brincadeira e que seu intuito era de aproximar o presidente do ministro.
Além disso, o ex-assessor negou participação no plano “Punhal Verde Amarelo”, que visava eliminar Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
O interrogatório é uma das últimas fases da ação penal, com o julgamento dos réus do núcleo 2 previsto ainda para este ano. A denúncia da PGR está dividida em quatro núcleos, e o núcleo 1 já se encontra nas alegações finais, com julgamento marcado para setembro.
*Com informações da Agência Brasil – Publicado por Nátaly Tenório*