Ex-médico da Casa Branca se recusa a falar em sessão que investiga lucidez de Biden
Ex-médico de Biden se recusa a depor sobre lucidez mental do ex-presidente, invocando sigilo médico e direito à autoincriminação. Investigação do Congresso foca em possíveis ocultações relacionadas ao estado cognitivo do democrata.
Ex-médico da Casa Branca, Kevin O'Connor, se recusa a depor sobre a lucidez mental do ex-presidente Joe Biden. A recusa ocorre em uma investigação conduzida por republicanos no Congresso.
O'Connor fundamenta sua decisão no sigilo médico-paciente e na Quinta Emenda da Constituição, que protege contra a autoincriminação.
Ele atendeu Biden por quatro anos e foi chamado devido a alegações de que a equipe do presidente teria escondido sinais de comprometimento cognitivo. A investigação também inclui o uso da autopen, que assina documentos oficiais, e se este foi usado indevidamente.
Embora o dispositivo seja legal, há uma teoria promovida por aliados de Donald Trump que sugere que Biden estaria em declínio mental, invalidando decisões feitas com sua assinatura.
O deputado James Comer criticou O'Connor, sugerindo que sua recusa indica um esforço para encobrir a condição cognitiva do presidente. Segundo ele, a população americana exige transparência.
O advogado de O'Connor, David Schertler, defendeu que o uso da Quinta Emenda não implica crime. Ele lembrou que o Departamento de Justiça investiga o uso da autopen, exigindo que O'Connor preserve suas garantias constitucionais.
O comitê também convocou outros ex-integrantes da Casa Branca, como Ron Klain e Neera Tanden, que já depôs. Biden, atualmente com 82 anos, é o presidente mais velho da história americana e enfrentou questionamentos sobre sua idade e saúde.
Após um desempenho negativo em debates, pressionado, Biden desistiu de sua candidatura à reeleição, e Kamala Harris concorreu em seu lugar, mas perdeu para Trump em novembro do ano passado.