Ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, se declara inocente e pede absolvição
Defesa de Paulo Sérgio Nogueira argumenta que ele sempre trabalhou pela estabilidade das Forças Armadas e tentou desviar o presidente de decisões extremas. A expectativa é que o julgamento do caso ocorra em setembro no STF.
Ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, declarou sua inocência em relação às acusações de envolvimento em um plano golpista que pretendia impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante suas alegações finais, Nogueira, por meio de seus advogados, defendeu que foi ele quem tentou demover Lula de ações radicais.
A defesa solicitou sua absolvição dos cinco crimes imputados, incluindo tentativa de golpe de Estado. Nogueira, que liderou a Defesa no final do governo Bolsonaro, é acusado de usar sua posição para convencer os chefes das Forças Armadas a impedir a posse do novo governo.
Os advogados afirmaram que o general se reuniu com os comandantes das Forças para manter a unidade e evitar a adoção de medidas extremas. A defesa também mencionou a delação do tenente-coronel Mauro Cid, que afirma que Nogueira estava em conflito com a ala radical do governo.
As alegações finais foram apresentadas nesta quarta-feira, última etapa do processo, antes do julgamento pelo STF. As acusações incluem dano qualificado e detração de patrimônio tombado.
A Procuradoria-Geral da República já pediu a condenação de todos os réus, que também incluem o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros ex-ministros.