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Ex-ministro de Lula vota por suspender ação do golpe contra Ramagem na Câmara

A votação provocou controvérsias entre os deputados, com ampla divisão entre os partidos e críticas da oposição. A decisão pode repercutir em futuras relações entre o Legislativo e o STF, diante da possibilidade de contestação judicial.

Ex-ministro Juscelino Filho (União Brasil-MA) votou pela suspensão da ação penal contra Alexandre Ramagem (PL-RJ) no Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão aprovada na Câmara dos Deputados cometeu 315 votos a favor e 143 contra, favorecendo Ramagem, réu por sua participação na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro.

A votação pode beneficiar também o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus no caso.

Juscelino pediu demissão do governo em 8 de abril, enfrentando acusações de corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Seu partido, o União Brasil, registrou 56 votos a favor da suspensão, e apenas 4 foram contrários.

Frederico de Siqueira Filho foi indicado como seu sucessor, considerado um nome técnico.

O pedido de suspensão, apresentado pelo PL, argumenta que a legislação impede investigações contra parlamentares após a diplomação.

Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), não poderia ser investigado por ter sido eleito posteriormente, segundo o PL.

A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e movida rapidamente para o plenário, onde a oposição se mobilizou para a votação.

A Federação de partidos como PT, PCdoB e PV votou contra a suspensão.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), permitiu votação direta no plenário.

A aprovação gera um embate entre o Legislativo e o STF, que havia determinado o prosseguimento da ação penal, levando à possibilidade de contestação por parte da PGR e do próprio STF.

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