Ex-vice-presidente do Equador é condenado novamente a mais 13 anos de prisão
Ex-vice-presidente enfrenta nova condenação por peculato, marcando mais um capítulo em sua controversial trajetória política. Com a decisão, ele e seu ex-secretário devem pagar multa de US$ 250 milhões e estão inabilitados para cargos públicos.
Justiça do Equador condenou o ex-vice-presidente Jorge Glas a 13 anos de prisão por corrupção nesta segunda-feira (30). Ele já estava preso desde abril de 2024 e fica inabilitado para cargos públicos.
Glas já cumpriu parte de uma pena de oito anos por outros casos de corrupção. Nesta condenação, ele foi acusado de peculato ao liderar um comitê para a reconstrução após o terremoto de 2016, que deixou quase 700 mortos.
A juíza Mercedes Caicedo destacou que ele e o secretário do comitê, Carlos Bernal, priorizaram obras não essenciais em vez de atender a emergência.
- Ambos receberam a mesma pena.
- Devem pagar uma multa de US$ 250 milhões.
Jorge Glas foi vice-presidente durante os governos de Rafael Correa (2007-2017) e Lenín Moreno (2017-2021). No início do governo Moreno, foi afastado por corrupção relacionada à Odebrecht em janeiro de 2018.
Após cumprir prisão desde 2017, ele foi libertado em 2022, mas a decisão foi revogada. Sua prisão em abril de 2024 gerou um conflito diplomático com o México, após solicitar asilo na embaixada mexicana em Quito, que foi invadida por policiais equatorianos.
Em dezembro passado, o Equador rejeitou um pedido da Venezuela para conceder salvo-conduto a Glas, em troca do regime de Nicolás Maduro fazer o mesmo com opositores ao chavismo.