'Excêntrico filme B de ficção científica': a opinião de crítico da BBC sobre novo filme do Super-Homem
Filme marca a reinicialização do universo DC sob a direção de James Gunn, em meio a um cenário de incertezas. Com críticas mistas, a nova abordagem do Superman mistura humor e extravagâncias que podem dividir o público.
Superman não é apenas um novo filme, mas o lançamento de um novo universo cinemático da DC.
Após o fracasso de quatro filmes em 2023, o estúdio decidiu destruir o "Universo Estendido". O cineasta Zack Snyder não continuará a produzir novos filmes, enquanto James Gunn assume a supervisão dos heróis da DC.
Gunn, conhecido pela trilogia Guardians of the Galaxy, enfrenta pressão ao reiniciar a franquia. Apesar disso, seu recém-lançado Superman não demonstra evidências dessa pressão.
A trama se inicia em um ponto intermediário: o Super-Homem, interpretado por David Corenswet, já luta contra vilões há três anos e se relaciona com Lois Lane (Rachel Brosnahan). A presença de outros super-heróis da DC, como Lanterna Verde e Mulher-Gavião, é notada, mas outros personagens conhecidos estão reservados para filmes futuros.
A abordagem de Gunn é divertida, evitando a repetição da origem do personagem. Entretanto, a narrativa se tornou autoindulgente e cansativa, repleta de clones e elementos bizarras.
Apesar do humor peculiar e das referências a quadrinhos que podem agradar aos fãs, a pressa na narrativa prejudica o impacto emocional da história. Eventos como desmoronamentos e invasões não conseguem o mesmo encanto de Superman: O Filme (1978).
O slogan deste filme poderia ser: "você não vai acreditar em nada". Além disso, Corenswet não consegue transmitir a nobreza e o altruísmo do Super-Homem, apresentando um herói emocionalmente instável.
Ficha técnica:
Diretor: James Gunn
Elenco: David Corenswet, Rachel Brosnahan, Nicholas Hoult e Isabela Merced.
Duração: 2h 9min
Superman está em cartaz nos cinemas brasileiros desde 10 de julho.