Executivas ajudam a traçar a rota da transição energética no Brasil
Apesar da predominância masculina no setor energético, iniciativas e políticas inclusivas estão promovendo a ascensão das mulheres em cargos de liderança. Com metas ambiciosas, empresas como a Spic Brasil e Auren visam aumentar a presença feminina, reconhecendo sua importância na transição para uma economia sustentável.
Mulheres ganham espaço no setor energético brasileiro, com 22,24% dos cargos de liderança ocupados por elas em 2023, segundo a Aneel.
Adriana Waltrick, CEO da Spic Brasil, afirma que a inclusão feminina é vital para a transição energética e destaca políticas corporativas de desenvolvimento.
A Spic visa 31% de mulheres em cargos de liderança até o fim deste ano. Renata Isfer, da Abiogás, ressalta que as mulheres são cruciais para cumprir metas de emissão de carbono no Brasil até 2050.
Isfer co-fundou o movimento “Sim, Elas Existem!” para fomentar a liderança feminina e já lista 400 mulheres qualificadas do setor, impactando ações em cargos estratégicos.
Elbia Gannoum, CEO da Abeeólica, reconhece avanços, mas aponta que a equidade de gênero ainda é um desafio. Ela também destaca a importância da capacitação de mulheres, especialmente na indústria eólica.
A Irena aponta que a percepção de gênero é a maior barreira à entrada feminina no setor, com apenas 21% de mulheres na geração eólica mundial.
A geradora Auren planeja chegar a 40% de mulheres na liderança até 2030. Hoje, elas representam 32,6% nesse nível e 32% na base operacional, com operações de parques eólicos majoritariamente femininas.
Patrícia Lino, da Auren, enfatiza que para a transição energética ser justa, deve estar atrelada à diversidade e inclusão social.