Executivos do setor de petróleo estão cada vez mais frustrados com agenda de Trump
Executivos do setor de petróleo e gás expressam preocupações sobre tarifas e desregulamentação em reunião com Trump. A busca por facilitação de licenças para projetos energéticos é uma das principais demandas apresentadas.
Executivos do setor de petróleo e gás se reuniram com o presidente Donald Trump na Casa Branca em 19 de fevereiro, buscando influenciar sua agenda em desregulamentação e tarifas.
Os executivos, que gastaram mais de US$ 75 milhões para ajudar a eleger Trump, expressaram frustração com a agenda governamental, especialmente devido às tarifas que encarecem materiais essenciais, como tubos de aço.
Desde a posse de Trump, os preços do petróleo caíram cerca de 14%, chegando a cerca de US$ 67 o barril. Peter Navarro, assessor sênior da Casa Branca, destacou que preços abaixo de US$ 50 podem afetar a viabilidade de perfurações.
Embora os preços do petróleo não tenham sido discutidos na reunião, os executivos focaram na facilitação de licenças para projetos de energia. Doug Burgum, secretário do Interior, afirmou que é essencial construir infraestrutura para impulsionar a economia.
- Flexibilização das regras de licenciamento para linhas de transmissão, oleodutos e outras infraestruturas.
- Redução de bloqueios por parte dos estados e ambientalistas.
- Preservação de créditos fiscais para hidrogênio e captura de carbono.
Trump anunciou tarifas de 25% sobre importações do Canadá e México, além de uma tarifa menor para produtos energéticos. No entanto, as tarifas foram adiadas para a maioria das mercadorias, inclusive energia, com término previsto para abril.
O Departamento de Energia aprovou um grande projeto de exportação de gás natural na Costa do Golfo, CP2 LNG, visando aumentar as vendas externas de gás natural, alinhando-se com os interesses do setor.
Vicki Hollub, da Occidental Petroleum, destacou a necessidade de manter incentivos federais para a remoção de gases de efeito estufa e a importância do crédito fiscal 45Q.
Embora não tenham discutido créditos fiscais na reunião, os executivos ressaltaram a necessidade de ação em um momento em que o setor enfrenta desafios significativos.