Exército Brasileiro terá general como representante na China
Em busca de ampliar sua presença na China, o Brasil elevará seu nível militar na embaixada com a chegada de generais. O movimento reflete a crescente cooperação entre os dois países e a importância estratégica da China para o Brasil.
Itamaraty busca casa maior para embaixada em Pequim, visando acomodar aumento de pessoal.
Serão instalados na China:
- Um representante da Receita Federal
- Um da Polícia Federal
- Dois novos adidos das Forças Armadas
O Brasil terá adidos com patente de general, semelhante ao que ocorre na embaixada nos EUA.
O general Rovian Alexandre Janjar chega em dezembro como adido da Defesa, representando o Ministério, junto de um contra-almirante como adido naval.
O atual adido aeronáutico permanecerá, completando um total de **cinco militares** na representação.
As mudanças foram autorizadas por decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros, após visita à China.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, destacou que a cooperação Brasil-China tem produzido frutos em um mundo mais justo e sustentável.
A designação do general Janjar ocorre após visita de outros generais brasileiros a autoridades militares chinesas, refletindo um movimento natural no cenário internacional.
Especialistas veem a presença de generais como uma forma de equiparar a China aos EUA em diplomacia militar, apesar da maior colaboração existente entre Brasil e países ocidentais.
Embora haja preocupações sobre a pressão dos EUA e da OTAN sobre a política externa do Brasil, a designação de generais não deve levar a retaliações significativas.
Estar mais próximo do cenário asiático é visto como importante para o Brasil, sobretudo em relação ao comércio na região do Mar do Sul da China.