Exigência de Trump aos parceiros comerciais: prometam dinheiro ou enfrentem tarifas mais altas
Trump utiliza táticas tarifárias como pressão para garantir promessas de investimento de países parceiros. Esta estratégia levanta questionamentos sobre a eficácia e a ética dos acordos comerciais estabelecidos sob coercitividade.
A estratégia tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, se transforma em ferramenta de arrecadação, visando pressionar outros países a investir bilhões e garantir acesso ao mercado americano.
Trump baseia sua agenda comercial em sua filosofia de A Arte da Negociação, exigindo que parceiros comerciais “mostrem o dinheiro” em vez de enfrentarem tarifas altas.
Com prazos apertados, o governo Trump tenta fechar acordos comerciais com diversos países antes de 7 de agosto, adotando uma tática que vai além da simples abertura de mercados.
Recentemente, a Coreia do Sul concordou em investir US$ 350 bilhões nos EUA em troca da redução da tarifa de 25% para 15% sobre suas importações. O Japão prometeu um fundo de US$ 550 bilhões e a União Europeia indicou investimentos de US$ 600 bilhões.
Especialistas apontam que essa abordagem pode ser vista como uma chantagem global, levantando perguntas sobre a natureza e a viabilidade dos compromissos assumidos.
A falta de detalhes e a complexidade dos acordos de investimento geram confusão, enquanto promessas de bilhões de dólares parecem exageradas em comparação aos gastos reais de anos anteriores.
Os efeitos de longo prazo dessa pressão sobre investimentos ainda são incertos. Alguns analistas comparam a estratégia de Trump a práticas comuns em mercados emergentes, alertando que isso pode prejudicar a posição dos Estados Unidos no comércio global.
Embora as táticas de Trump permaneçam agressivas, experts sugerem que seus parceiros podem estar se adaptando ao seu estilo, lançando promessas de investimento que podem não se concretizar.